Os processos que não têm mais valor para a Justiça do Estado estão sendo doados para a cooperativa que descaracteriza o papel, tritura, prensa e encaminha direto para uma indústria de reciclagem em Pernambuco, já que o Rio Grande do Norte não dispõe de nenhuma fábrica de reciclagem de papel.
O TJRN quer doar 30 mil quilos de papel branco à cooperativa todos os meses. Cada quilo desse papel triturado é vendido, em média, por R$0,20 para indústrias de reciclagem. "Mas existe um outro fator que é muito mais importante para a cooperativa que é o papel ambiental dessa ação. Há dez anos atrás esse material era incinerado, mas hoje, depois de triturado, esse material volta a ser papel. É árvore que deixa de ser tirada da natureza e é renda na mesa do catador", comenta Severino Júnior, presidente da Coocamar.
Ao todo, 78 famílias que fazem parte da cooperativa estão sendo beneficiadas pela parceria que chegou para os catadores em um momento oportuno, já que eles estão com dificuldades de recolher lixo reciclável através da coleta seletiva da capital potiguar.